Noticiário SDDH
Organizações encaminham documento ao MPF contra os crimes socioambientais na região do Xingu
O Movimento Xingu Vivo, a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e representantes de mais 20 comunidades ribeirinhas, de pescadores, de agricultores e indígenas protocolaram nesta quinta-feira,18, no Ministério Público Federal uma representação contra os responsáveis pelos danos ambientais causados à região do Xingu.
O Documento direcionado para a procuradora da república federal em Altamira é um pedido de instauração de inquérito policial e providências contra a omissão de órgãos ambientais, do governo federal e da empresa Norte Energia.
As entidades que atuam na defesa dos direitos ambientais denunciam que por interesses econômicos e políticos estão violando direitos constitucionais garantidos às comunidades. Que pareceres e diagnósticos, sobre a manutenção e reprodução da vida na Volta Grande do Xingu estão ameaçados.
Inúmeros protestos das comunidades alertam a situação catastrófica, pois com a redução da vazão do rio Xingu, a ocorrência de seca nos igarapés tem provocado mortandade de peixes e impactos nas roças da região.
Dezenas de famílias narram através depoimentos, manifestos que estão perdendo seus meios de subsistências, gerando fome e insegurança. Além dos impactos provocados pela pandemia da covid-19.
As famílias também denunciam que por conta da intervenção da hidroelétrica no fluxo da Volta Grande do Xingu, a vazão é a insuficiente para manutenção da fauna, flora e das comunidades. Este é um dos maiores desastres ambientais da Amazônia.
