Por Viviane Brigida

          

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou sua jornada de lutas por Reforma Agrária de 2002 em todo Brasil. Com Tema: “Terra, Teto e Pão” em memória aos 26 anos do Massacre de Eldorado do Carajás. Os Sem Terra organizam marchas, acampamentos, feiras, plantio de árvores, debates e atividades culturais em todas as grandes regiões do país.

Este ano, o/as trabalhadores/as retomam as atividades presenciais devido ao avanço das vacinas e da redução nos números de casos de covid-19. No entanto, estão em alerta no combate a pandemia e seguem nos cuidados e as recomendações sanitárias.

No Pará, na Curva do S, em Eldorado do Carajás, onde ocorreu o Massacre de 19 Sem Terra e 69 pessoas ficaram feridas em 1996, estão previstas atividades com acampamento pedagógico da juventude Sem Terra no período de 14 a 17 de abril. Em Belém, em frente ao mercado de São Brás será realizada a Feira da Reforma Agrária de 20 a 24 de abril.

A Jornada do “Abril Vermelho” reafirma a luta por Reforma Agrária Popular e denúncia às ações do agronegócio, hidronegócio e mineração; fortalecendo as pautas dos trabalhadores/as da cidade frente a construção de um projeto do povo contra a fome, a carestia, o desemprego e o desgoverno Bolsonaro.

A SDDH que acompanha desde o início o caso “Massacre de Eldorado dos Carajás” com uma equipe de advogados e sempre esteve no apoio irrestrito às entidades locais e ao MST afirma que este é emblemático e tornou-se exemplo do desafio a ser travado no campo institucional, entre eles o Poder Judiciário.

Um caso que não podemos esquecer também é o caso das invasões nas terras indígenas, do Massacre de Pau D’Arco e tantos outros que seguem na impunidade. Inúmeras lideranças no campo, das águas e florestas, entre elas camponeses, indígenas, sindicalistas, ambientalistas, quilombolas, religiosos e ribeirinhos foram vítimas de assassinato.

Para Eliana Fonseca, coordenadora geral da SDDH destaca que esses casos são episódios que marcam a luta por direitos humanos no Pará, pois, envolveu servidores públicos e interesses políticos e econômicos na região.

“Dois massacres (Eldorado e Pau D’Arco) que tiveram participações de policiais civis e militares do Estado do Pará torturando e executando trabalhadores/as marcam infelizmente como histórias sangrentas e de muita violência” diz Fonseca.

Os defensores e defensoras dos direitos humanos se somam aos Sem Terra e aos indígenas que marcam o “Abril Vermelho” tornando este período de luta e memória para que a sociedade possa lembrar e jamais esquecer deste triste episódio na história de conflitos no estado do Pará.

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